Eritrócitos Alto: Entenda as Causas, Sintomas e Tratamentos
Eritrócitos altos indicam um aumento no número de glóbulos vermelhos no sangue. Essas células são as responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos do corpo.
Ter valores elevados pode ser resultado de diversas condições, desde desidratação até doenças mais graves, como policitemia vera e problemas cardíacos.

Esse aumento pode gerar sintomas como cansaço, tontura e dor de cabeça. Às vezes, é apenas um sinal detectado em exames de rotina, o que exige investigação médica para descobrir o motivo.
O diagnóstico correto é fundamental para escolher o tratamento. Isso porque cada causa pede uma abordagem diferente.
O Que São Eritrócitos e Por Que Eles Podem Estar Altos
Eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos ou hemácias, têm a missão de transportar oxigênio pelo corpo através da hemoglobina. Quando esses valores estão acima do esperado, pode ser sinal de algo simples ou de uma condição mais séria.
Funções dos eritrócitos no organismo
A principal função dos eritrócitos é levar oxigênio dos pulmões até os tecidos. Eles fazem isso graças à hemoglobina, que se liga ao oxigênio e facilita esse transporte.
Além disso, os eritrócitos ajudam a retirar o dióxido de carbono dos tecidos e levá-lo de volta aos pulmões para ser eliminado. O formato bicôncavo e flexível dessas células facilita a passagem por vasos sanguíneos bem estreitos.
Ter uma quantidade equilibrada de eritrócitos é essencial para garantir que os tecidos recebam oxigênio suficiente. O organismo depende desse equilíbrio para funcionar direito.
O que é considerado um nível alto de eritrócitos
Os níveis normais de eritrócitos mudam de acordo com o sexo. Para homens, considera-se alto quando passa de 5,9 milhões de células por microlitro (µL).
Para mulheres, acima de 5,4 milhões/µL já é considerado elevado. O hemograma é o exame que detecta esse aumento, analisando também a hemoglobina e o hematócrito.
Valores acima desses limites apontam para eritrocitose, que pode ser temporária ou crônica. Às vezes, o aumento é só passageiro, mas pode indicar algo mais persistente.
Diferença entre eritrocitose, policitemia e policitemia vera
Eritrocitose é o termo para o aumento do número de eritrócitos no sangue. Isso pode acontecer por motivos variados, sendo chamado de primária ou secundária.
Policitemia é o excesso de glóbulos vermelhos de maneira mais ampla. Já a policitemia vera é uma doença rara, um tipo de câncer do sangue, causada por produção descontrolada de células pela medula óssea.
Essa condição pode gerar sintomas como tontura, fadiga e risco elevado de trombose. Não é algo que se deve ignorar.
Termo | Definição | Características Principais |
---|---|---|
Eritrocitose | Aumento de eritrócitos no sangue | Pode ser temporária ou permanente |
Policitemia | Excesso de glóbulos vermelhos | Pode causar aumento da viscosidade do sangue |
Policitemia vera | Doença de origem neoplásica | Produção descontrolada, risco trombótico |
Causas de Eritrócitos Altos
O aumento dos eritrócitos pode estar ligado a várias condições clínicas e até fatores externos. Algumas causas envolvem problemas na produção das células, enquanto outras refletem adaptações do corpo a ambientes ou doenças.
É importante entender essas diferenças para uma avaliação correta. Nem sempre é fácil saber o motivo só com um exame.
Doenças hematológicas e policitemia vera
A policitemia vera é uma doença mieloproliferativa que leva à produção exagerada de eritrócitos pela medula óssea. Isso acaba aumentando o volume do sangue e pode complicar, causando trombose.
Outras doenças hematológicas, como a Leucemia Mielóide Crônica, também podem elevar o número de eritrócitos. Nesses casos, a produção desregulada é o problema.
O diagnóstico dessas doenças depende de exames laboratoriais e, às vezes, testes genéticos. O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a produção das células e procedimentos como flebotomia para diminuir o volume sanguíneo.
Condições pulmonares e doenças respiratórias
Doenças respiratórias crônicas, como DPOC e apneia do sono, levam à hipóxia crônica. Ou seja, falta oxigênio e o corpo tenta compensar produzindo mais eritrócitos.
Insuficiência cardíaca também pode causar um aumento parecido, já que a circulação e o fornecimento de oxigênio ficam prejudicados. A resposta do corpo é aumentar os glóbulos vermelhos para compensar.
Nesses casos, a elevação dos eritrócitos é uma tentativa do organismo de se adaptar à baixa oxigenação. Não é raro ver esse quadro em quem tem problemas respiratórios ou cardíacos.
Desidratação e fatores relacionados ao estilo de vida
A desidratação pode falsear o aumento dos eritrócitos, já que o sangue fica mais concentrado. O volume de plasma diminui, mas o número absoluto de glóbulos vermelhos permanece.
Também, o uso de diuréticos, queimaduras e diarreias podem causar esse efeito de concentração. São situações que levam à perda de líquidos e, consequentemente, à elevação aparente dos eritrócitos.
É essencial diferenciar a desidratação de causas patológicas. Se for só falta de água, o tratamento é simples: hidratar-se. Mas, se persistir, aí sim precisa investigar melhor.
Exposição ao monóxido de carbono e tabagismo
A exposição crônica ao monóxido de carbono, muito comum entre fumantes, reduz a capacidade do sangue de carregar oxigênio. O corpo responde produzindo mais eritrócitos para compensar.
O tabagismo é uma das principais causas de eritrocitose secundária. Além de causar hipóxia, provoca inflamação crônica e estimula a medula óssea.
Esse quadro pode piorar doenças respiratórias e cardíacas. Parar de fumar é fundamental para reverter o problema e melhorar a oxigenação.
Sintomas e Complicações Possíveis
O aumento dos eritrócitos pode causar mudanças físicas e sintomas ligados à maior densidade do sangue. Muitos deles afetam diretamente o bem-estar.
Fadiga, tontura e dor de cabeça
Quando os eritrócitos aumentam, o sangue fica mais viscoso. Isso dificulta a circulação e o transporte eficiente de oxigênio.
A fadiga aparece porque os tecidos acabam recebendo menos oxigênio do que precisariam. Tontura pode surgir pela redução do fluxo sanguíneo cerebral, trazendo sensação de fraqueza ou desequilíbrio.
Dor de cabeça é outro sintoma comum, resultado da dificuldade do sangue em chegar até o cérebro. Se esses sintomas persistirem, vale buscar um médico.
Dificuldade para respirar e palidez
Dificuldade para respirar pode ocorrer, mesmo com mais hemácias, se o oxigênio disponível não chega aos tecidos. Isso é ainda mais comum em quem tem doenças respiratórias associadas, como DPOC e apneia do sono.
A palidez surge porque o sangue mais espesso altera a circulação periférica. Isso pode deixar a pele com menos brilho, especialmente nas extremidades.
Esses sinais merecem atenção, pois indicam que o corpo está lutando para se adaptar.
Riscos de coágulos sanguíneos e complicações cardiovasculares
Com muitos eritrócitos, o sangue fica mais espesso, elevando o risco de formação de coágulos. Esses coágulos podem obstruir vasos e causar trombose.
Complicações cardiovasculares, como infarto ou AVC, também entram na lista de preocupações. O coração trabalha mais e a circulação pode ficar comprometida.
Quem tem eritrócitos altos precisa de acompanhamento para evitar problemas maiores.
Diagnóstico e Tratamentos para Eritrócitos Altos
O diagnóstico depende de uma análise detalhada dos exames laboratoriais, além da avaliação médica. O tratamento vai variar conforme a causa, podendo envolver procedimentos clínicos e medicamentos.
O objetivo é controlar os níveis elevados de eritrócitos sem prejudicar outras funções do sangue. Às vezes, é preciso equilibrar várias coisas ao mesmo tempo.
Exames de sangue e hemograma completo
O hemograma completo é o exame básico para detectar eritrócitos altos. Ele mede a quantidade de glóbulos vermelhos, hemoglobina, hematócrito e plaquetas.
Valores acima de 5,9 milhões/µL para homens ou 5,4 milhões/µL para mulheres já acendem o alerta. Outros testes podem ser necessários para avaliar a oxigenação e a função da medula óssea.
O exame é rápido e ajuda a estabelecer o diagnóstico inicial. Também serve para monitorar como o corpo responde ao tratamento.
A análise detalhada é importante para saber se o aumento é verdadeiro ou só aparente, como nos casos de desidratação. Às vezes, um detalhe faz toda a diferença.
Avaliação médica e papel do hematologista
A avaliação médica começa pela análise dos sintomas, histórico clínico e resultados laboratoriais. Normalmente, o clínico geral pede o hemograma.
Mas é o hematologista quem confirma o diagnóstico e define o tratamento mais indicado. Ele mergulha nas possíveis causas, como câncer hematológico, doenças cardiovasculares ou respiratórias que mexem com a produção dos glóbulos vermelhos.
Às vezes, são necessários exames extras, tipo estudos da medula óssea ou testes para entender melhor a função celular. O hematologista também orienta sobre o manejo clínico e avalia o risco de complicações.
Nem sempre é simples decidir quando intervir, mas o acompanhamento regular faz diferença para adaptar as terapias conforme a evolução do quadro.
Opções de tratamento: flebotomia, medicamentos e transplante
A flebotomia terapêutica é um procedimento comum que remove o excesso de sangue para reduzir o número de eritrócitos. Costuma ser indicada principalmente em casos de policitemia vera.
Medicamentos como hidroxiureia ajudam a controlar a produção exagerada de células sanguíneas pela medula óssea. Em algumas situações mais específicas, o médico pode lançar mão de anticoagulantes ou esteroides para evitar complicações.
Se o quadro for grave e não responder aos tratamentos convencionais, o transplante de medula óssea entra em cena como uma opção. Dependendo da causa, ainda pode ser sugerido o uso de suplementos de ferro ou outras medidas para tentar manter o equilíbrio das funções hematológicas.