O que é calcanhar de maracujá? Causas, sintomas e tratamento

O calcanhar de maracujá acontece quando larvas da mosca-varejeira invadem a pele, geralmente no calcanhar, mas não só lá. Essa infestação, chamada miíase cavitária, costuma provocar dor, vermelhidão, feridas abertas e até coceira no local.

Ilustração detalhada do calcanhar humano com pele seca, rachada e espessa, semelhante à casca de maracujá.
O que é calcanhar de maracujá? Causas, sintomas e tratamento

A mosca põe ovos em cortes ou feridas. As larvas, ao nascerem, vão degradando o tecido e deixam a pele com aquele aspecto de maracujá, o que explica o nome curioso.

O diagnóstico é basicamente visual: basta observar as lesões e, em muitos casos, dá para ver as larvas ali.

O que é calcanhar de maracujá e como se desenvolve?

O calcanhar de maracujá surge quando há infestação de larvas da mosca-varejeira. Elas se instalam em feridas abertas, principalmente no calcanhar, e acabam causando sintomas bem incômodos.

Vamos falar um pouco sobre como isso se parece, a ligação com miíase e como a infestação acontece.

Características visuais e significado do termo

O termo “calcanhar de maracujá” não veio do nada. A pele afetada fica com lesões que lembram mesmo a polpa do maracujá: avermelhadas, abertas e, às vezes, com secreção purulenta.

Normalmente, aparece uma bolinha com um furinho no meio. É por ali que as larvas respiram.

Apesar de ser mais comum no pé, pode acontecer em outras partes do corpo também.

A lesão costuma ser amarelada ou esbranquiçada, com mau cheiro e um aspecto meio abaulado, o que reforça o apelido.

Relação com miíase cavitária e bicheira

O calcanhar de maracujá é, basicamente, a miíase cavitária—ou bicheira, como muita gente chama. A larva da mosca-varejeira invade feridas abertas e começa a destruir o tecido.

Isso forma úlceras e áreas de necrose, que podem piorar se não forem tratadas. Em alguns casos, outras partes do corpo, como nariz ou olhos, também podem ser afetadas.

“Bicheira” é um termo bem popular, principalmente quando as larvas já estão maduras e a dor é intensa.

Como ocorre a infestação por larvas de mosca-varejeira

Tudo começa quando a mosca-varejeira deposita ovos em feridas, cortes ou úlceras na pele. Em mais ou menos 24 horas, os ovos viram larvas e o problema começa.

Essas larvas se alimentam do tecido morto (ou vivo, infelizmente) ao redor da ferida, aumentando a lesão e causando inflamação.

É mais comum em quem anda descalço em lugares pouco higiênicos ou em pessoas acamadas, que não conseguem cuidar direito das feridas.

Controlar moscas e evitar feridas abertas faz toda a diferença para não acabar com esse tipo de infestação.

Diagnóstico, complicações e tratamento do calcanhar de maracujá

O diagnóstico costuma ser clínico, identificando larvas sob a pele. O tratamento principal é remover as larvas manualmente, usar antiparasitários e cuidar para não deixar a infecção tomar conta.

Sintomas e métodos de avaliação clínica

Os sintomas incluem coceira forte, dor, vermelhidão, feridas abertas e a presença das larvas, que muitas vezes ficam visíveis. Inchaço, secreção purulenta e mau cheiro não são raros.

O médico examina as lesões, procurando por bolinhas com um orifício central—é ali que a larva respira. Geralmente, só de olhar já se fecha o diagnóstico, mas em casos mais sutis, um ultrassom pode ajudar.

Diagnóstico diferencial: berne, larva migrans cutânea e outras zoodermatoses

Às vezes, o calcanhar de maracujá pode ser confundido com outras doenças de pele causadas por bichos, como o berne (da mosca Dermatobia hominis) ou a larva migrans cutânea.

O jeito de diferenciar está na localização, sintomas e aparência das lesões. No calcanhar de maracujá, as feridas são abertas e as larvas ficam visíveis, enquanto a larva migrans faz trajetos sob a pele e o berne forma nódulos isolados.

Tratamento: remoção das larvas, medicamentos e prevenção de infecções

Primeiro passo: remoção manual das larvas, feita por um profissional. Depois, limpeza da área para evitar infecção.

Medicamentos como ivermectina costumam ser prescritos para garantir que nenhuma larva fique para trás.

Se houver infecção ou risco, antibióticos entram em cena. Repelentes e higiene são fundamentais para evitar que tudo volte a acontecer.

Dizem que aromaterapia com óleo de citronela pode ajudar a manter as moscas longe—por que não tentar?

Complicações e riscos: infecção secundária, sepse e prognóstico

A principal complicação é a infecção secundária da ferida causada por bactérias. Isso pode acabar levando a abscessos e a uma piora do quadro.

Em situações mais graves, a infecção pode evoluir para sepse. Esse cenário é perigoso e coloca a vida em risco.

Se o tratamento for feito rapidamente, o prognóstico costuma ser bom. Agora, se faltar cuidado, pode haver necrose do tecido afetado e até necessidade de desbridamento cirúrgico.

A prevenção, junto com acompanhamento médico, ajuda bastante a reduzir esses riscos.

Cesar Roberto

Especialista em escrever sobre súde e bem - estar, sou formado em enfermagem e nutrição.

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